Já faz algum tempo que os brilhos ganham as passarelas.
Além de trazer versatilidade, as marcas estão buscando sair de peças que possam ser usadas em eventos noturnos, e começam a colocar brilhos também dentro de vestimentas do dia-a-dia, incluindo em acessórios. E, aos poucos, mostram que não precisam recorrer somente aos paetês e strass durante a produção das peças.
Na postagem de hoje, confira looks que trazem os brilhos para o dia-a-dia e durante a noite, e sua história dentro do mundo da moda.
Looks com Brilhos – Sinônimo de Riqueza
Os brilhos ganharam destaque na moda ao serem sinônimo de riqueza. Através do uso de joias caras e de embelezamentos com ouro, prata e pedras em seus vestidos, as mulheres poderiam mostrar seus status dentro da sociedade – e isso é datado desde o Egito antigo, pelo menos.
Durante a era Tudor da monarquia britânica, era comum costuras trazerem fios de ouro, estanho e prata dentro das roupas. Na era de Victoria I, com espaços iluminados por velas (e, posteriormente, por gás), as roupas para bailes ganhavam esse brilho suave, com a Rainha também usando a técnica em seu período de luto (com pedaços de vidro costurados em seus vestidos).
Década de 1920 e as Lantejoulas
A década de 1920 introduz as lantejoulas no mundo da moda. Seu surgimento acontece após a descoberta do túmulo do Faraó Tutancâmon, e suas vestes funerárias conterem camadas de discos sobrepostos. Logo, a comunidade ocidental começa a copiar o estilo.
Inicialmente, as lantejoulas foram produzidas em metais que pesavam e manchavam o vestido. Assim, a indústria buscou soluções rápidas e concluíram que a gelatina, já utilizada na fotografia, seria uma boa solução. Além de serem leves e brilhosas, era possível ser revestida em substâncias reflexivas e perfuradas. Porém, a solução se tornou falha ao derreterem sob calor ou quando molhados, e encontraram em um plástico antigo o sucesso desejado.
As lantejoulas deixaram de ser ícones da moda durante a década de 1930, mas começaram a ganhar novos ares durante a década de 1950 e 1960.
Brilhos na era Glam e outras décadas
Já a década de 1970, a era Glam estava em alta e, além das lantejoulas, começa a surgir o glitter e o lamê para aproveitar do momento embaixo de discos espelhados.
Na década de 1980, retornam as peças com brilhos excessivos. Anos depois, o veludo molhado chega as prateleiras. Agora, os brilhos invadem além de peças de roupas e passam a ganhar destaque em sapatos e acessórios – que não se limitam ao período da noite.
Explorando
O paetê ainda é o mais associado com brilhos. Atualmente, consegue ser utilizado tanto em momentos diurnos, noturnos e em acessórios (bolsas, mochilas e tênis, sendo os mais comuns).
Vestidos, calças, macacões e camisetas conseguem ter detalhes em paetês e brincarem com suas versatilidades. E, também, não se limitem a uma faixa etária, sendo capaz de aparecer também para crianças.
Além disso, ainda está em alta a dualidade dos paetês. Misturando duas estampadas, o seu uso pode ser utilizado também em decorações – o que torna tudo bem mais divertido.
O metalizado começa a ganhar mais destaque. Capturando a luz, o efeito pode ser aplicado em diferentes modelos de vestuário – incluindo nos sapatos (onde está presente há algum tempo), acessórios e maquiagens.
O metalizado, assim como paetê, strass e outros tecidos brilhosos, consegue ser adaptado para seu estilo pessoal e, também, nas tendências. Brincam com situações, cores e combinações em tecidos variados.
É possível afirmar que os brilhos e seus efeitos vão continuar nas próximas temporadas da moda, se adaptando e aperfeiçoando.