Popular entre as décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos, o Tie-Dye, técnica milenar que envolve torcer o tecido e aplicar tintura, ganhou novos seguidores neste século, em um comeback interessante no mundo da moda.
Com marcas cada vez mais adeptas a técnica, o estilo se mostra versátil em suas combinações diferenciadas de cores.
Na postagem de hoje, confira a história da técnica e se inspire para usar no dia-a-dia.
A História do Tie-Dye
O exemplo mais antigo do que se tornaria o tie-dye acontece durante a Dinastia Sui, no século V, com modelos também aparece no Peru entre os anos 500 e 810 d.C.
Porém, técnicas similares aconteceram no Japão no século VIII (conhecida como Shibori, formando padrões intrínsecos envolvendo costuras) e, na Indonésia, o método Ikat, e na Índia, a Bandhani, são próximas ao que conhecemos hoje do tie-dye. No continente africanos, a Nigéria é um símbolo de uma técnica que utiliza uma variedade de tinturas resistentes em seus tecidos.
O primeiro registro da técnica nos Estados Unidos aparece em 1909, quando um professor da universidade de Columbia adquiriu amostras de musselina tingida e palestrou para demonstrar a técnica.
A técnica se tornou popular por ser uma forma barata e acessível de customizar peças de roupa. Essa versão psicodélica moderna do tie-dye aparece durante a década de 1960, com Janis Joplin e John Sebastian atuando quase como embaixadores.
Técnica
Existem uma variedade de corantes para serem usadas na técnica, explorando o máximo de combinações. A técnica, porém, demanda tempo.
O primeiro passo é limpar o tecido que irá receber a tintura. Muitos acabam utilizando água sanitária como agente químico para iniciar a reação, geralmente usada em uma solução com água para encharcar a peça. Após isso, já é possível começar a torcer e amarrar, usando barbantes para segurar o tecido.
Entre os padrões que podem variar de espirais, sinais de paz, ombrés, diamantes, e até uma marmorização.
Inspire-se
O efeito tie-dye consegue ser atingido sem a necessidade de você realizar em seu quintal a técnica.
Em 2021, publicações especializadas mencionaram que o efeito ajudou o mundo da moda após o ápice da pandemia de covid-19, por trazer cores vibrantes no momento que a flexibilização estava começando.
No verão de 2022, a tendência voltou com mais destaque nas passarelas, se estabelecendo como o que ganharia os guarda-roupas nos próximos meses. Com a possibilidade de explorar o efeito em conjuntos, as marcas gostam de trazer padrões diferentes e cores que brincam entre si.
Além disso, o efeito também está aparecendo em estilos que ganharam a juventude no passado, como o grunge e suas peças oversized.
O tie-dye também aparece no vestuário de verão no Brasil.
Conjuntos, novamente, sempre ganham as marcas, com adição de shorts mais leves e soltos, com partes de cima que brincam com as mangas bufantes e cropped.
Assim, é bem possível, também, mesclar essas combinações entre os próprios efeitos tie-dye, para aplicar seu próprio estilo nessas peças de destaque.
Essa explosão de cores pode ser adaptar dentro da tendência dopamina, que busca trazer emoções dentro do uso das cores utilizadas nos looks. E sabemos que as roupas sempre refletem nossas percepções.